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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Morte...

Imagem retirada da net
A noite estava fria
O rosto tinha perdido a cor
A respiração acelerada
pés descalços
Os olhos verbalizavam os sentimentos
Caminhava sem rumo
Perdida
Parecia estar num sonho
Queria parar e não conseguia
Sentia-se estranha
Queria ter feito tanta coisa
Queria ter dito tanto
E tinha feito tão pouco
Dito nada mais que frivolidades
Fugir, correr deixar para trás o presente
Sentimento de leveza
Retroespetiva de uma vida
Tão vazia de sentimentos
Tão cheia de desconfianças, de orgulho
Não era possível
Não queria acreditar
Tudo tinha terminado
E nada ficou para marcar
O seu nome seria esquecido
Depois de umas lágrimas
depois de umas lamentações
por se ter perdido uma pessoa
A sua vida daria lugar a um sitio vazio
que seria rapidamente habitado por outro
Lágrimas que caem pelo rosto
Alheio a tudo o sofrimento
O mundo continua a girar
O dia está prestes a nascer
A noite retira-se para um merecido descanso
Parou de andar ...
Olhou para o lado e ali estava o seu corpo
Sem cor, sem calor ... inanimado
Agora não valia a pena
Agora era tarde demais ....


"Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez." ( William Shakespeare)

2 comentários:

  1. Conviver com a morte, conhecê-la de tão perto que quase lhe sentimos o respirar.
    Essa é uma realidade que conheces. Este texto está perfeito, espelha aquilo que eventualmente se sente quando ela está por perto. Mas será a morte capaz de superar essa tua vontade de viver??

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  2. Deparar-nos com ela ensina a defendermo-nos dela,a conviver com ela... Ela bate á porta e eu saiu pela janela, até ao fim vou sempre lutar contra ela, espero que ela não consiga tão cedo superar a vontade que tenho de viver ...beijinho amigo e obrigada

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