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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Quatro

Os anjos não morrem voltam á sua casa
Quatro meses se passaram
partiram depois de ti alguns
Parece uma eternidade
Tal como parece que ainda ontem cá estavas
Sei que me perdoas-te a ausência
Eu  também me perdoei
Não é da presença
É do tempo feliz, proveitoso 
Conhecias-me melhor que ninguém
Derramei muitas lágrimas no teu colo
Tal como libertei muitas gargalhadas
Vêm-me a mente as últimas conversas
Os teus pedidos de desculpas
A tua impotência
A tristeza dos teus olhos
A preocupação
E apetece-me gritar
Apetece verbalizar tudo o que engoli
Porque tu pedis-te, por respeito a ti
Foste o meu anjo da guarda
A minha cúmplice
A minha mãe
E continuarás sempre a sê-lo
e lembrarei-me sempre de ti
da pessoa que eras 
Até já minha querida tia olha pela minha princesa

 

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